quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Let's make a deal?


As vezes me meto em grandes roubadas.
As vezes acerto em cheio nos filmes que escolho.
É tão bom quando um filme te inspira. Quando te dá vontade de ser uma pessoa melhor, um fotógrafo melhor. Inclusive quando te dá vontade de ter um terno cinza Prada ou ter um set inteiro de malas Louis Vitton que juntos custam tudo o que eu ganhar em um ano inteiro.

Ou que ainda de dá vontade de fazer uma viagem espiritual pelo mundo ou pensar seriamente em se converter de vez em um budista.

Foi assim que numa tarde de chuva (e tédio quase suicida) me entreguei ao prazer de ver um bom filme. Viagem a Darjeeling (The Darjeeling Limited) foi minha escolha.

Eu já tinha visto outros filmes do Diretor Wes Anderson (Os excêntricos Tenembauns e A vida aquática de Steve Zissou). E lembro que uma vez atravessei Porto Alegre só pra ver Seu Jorge cantando músicas do Bowie em português em A vida aquática..., valeu a pena.

Mas desta vez foi diferente: três caras esquisitos entraram na minha vida e foi como encontrar com velhos amigos para um chá e matar as saudades.

Cada família tem seus chatos e maniáticos ( tenho total consciência que na minha, estou no topo da lista). Assim como cada família tem suas brigas e suas (as vezes muitas) questões mal resolvidas.

Enfim:, três irmãos, o narigudo oscarizado Adrien Brody ( namorado da quase famosa Elsa Pataky), o nariz torto sempre engraçado Owen Wilson (porque ele nunca consertou esse nariz até hoje ?) e o nariz bonitnho do Jason Schwartzman (quem já tinha ganho muitos pontos comigo após ler sua entrevista na última edição da Nylon Guys semanas atrás), viajam a Índia em busca da mãe ausente depois da morte do pai. E é isso, nada mais.

Parece bobo e previsível? Mas não é. Me deixei levar por sua brigas, suas neuras e suas personalidades. Viajei com eles, briguei pela cama no vagão do trem e reclamei a eles que o chá de hortela (oops, estávamos na Índia não no Marrocos!) estava quente demais.
Mais pontos ainda pra trilha sonora que inclui a doce e sempre clássica "Oooh Champs-Élysées, oooooh Champs-Élysées, pa pa ra rá...", que faz meu olhos enxerem de lágrimas em exatos 2,47 segundos.

Não gosto de comédias, mas quando uma me fascina, me faz ter vontade de ter o DVD ao lado da minha cama para todo o sempre.
Será que demora muito para sair o DVD?

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Sensibilidade, criatividade e maturidade

A tempos minha pasciência com gente que não assume sua vida adulta esgotou.
Não suporto gente boba que brinca de casinha no exterior. Infelizmente as vezes me vejo rodeado dessas pessoas.
Se vivo no exterior é porque quero ser um melhor profissional acima de tudo e não pra sair em uma fotografia possando em frente a Torre Eifel na coluna social.
Me dá muita preguiça!
Sou chato e até então afirmava que não suportava gente sem sensibilidade e sem criatividade. Agora noto que não tolero gente sem maturidade.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Ana Becker





Conheci a Ana em Florianópolis através da Clau em 2003.


Ela precisava de alguém que fotografasse os ensaios que fazia pro seu curso de moda no SENAC.


Eu estava numa fase em que produzia um curta-metragem atrás do outro e não pensava em fotografar pró algum dia.


O primeiro que fizemos, foi de uma menina num quartel com alguns milicos de figurantes. O segundo foi num estúdio de tatuagem, com 5 modelos e minha primeira experiência fotografando nus. Acabou que peguei super gosto pela coisa e
credito boa parte do meu desejo em ser fotógrafo de moda a esses dois pequenos ensaios e ao prazer que senti criando e dirigindo pessoas em frente de minha objetiva.


No domingo passado fotografei ela no terraço do prédio, aqui em São Paulo. Fazia um dia especialmente bonito e sem uma única nuvem no céu (uma verdadeira raridade nesta estranha cidade). O vestido multicolorido foi criado por ela mesmo e o vermelho é do Ronaldo Fraga.



A Ana, junto com o Milo, a Gabi e a Sara - infelizmente cada um em um canto do mundo - são pessoas que me enxem de felicidade só em respirar o mesmo ar que elas. Ter sua companhia aqui em São Paulo, faz com que meus dias sejam bem mais agradáveis e inspiradores.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

La espera


Sempre espero.
Espero para voltar à Santa Maria. Espero para voltar à Madrid. Espero por uma carta que nunca chega, ou uma notícia renovadora. Espero por a aprovação de um orçamento. Espero por uma hora marcada no tatuador. Espero pelo dia que voarei a Inglaterra mais uma vez.

E espero por alguem que me espere em casa a noite depois de mais um dia esgotador...

sábado, 1 de dezembro de 2007

Para empezar...

Escrever sempre é bom. Escrever é sempre saudável. Por tempordas tive diários e agendas onde escrevia lamúrias, queixas e (nem sempre) boas recordações...