domingo, 22 de fevereiro de 2009

Bret Easton Ellis


Ou eu gosto de uma coisa. Ou eu não gosto de uma coisa.
Assim de simples.
As vezes sou bem radical nos meus gostos, se gosto muito de algo, facilmente vira uma fascinação na minha vida. E da fascinação a fixação é um pulo.
Foi mais ou menos assim que eu descobri o escritor Bret Easton Ellis.
Eu já tinha visto dois filmes baseados em seus livros: The Rules of Atraction (Roger Avary, 2003), na época da faculdade e antes disso American Psycho (Mary Harron, 2000) quando ainda morava em Santa Maria.

Começei lendo seu último ( e estranho) romance Lunnar Park, o livro de contos The Informers e um tempo depois Less Than Zero. Em seguida vi o filme baseado no mesmo livro que na Espanha chama Golpe al Sueño Americano (argh!), que pouquíssimo tem a ver com a idéia original do livro. Quando cheguei aqui na Inglaterra escolhi The Rules of Atraction para ser meu primeiro livro em inglês. Acho que foi uma boa escolha. A história gira basicamente em torno de um pseudo-triângulo amoroso entre dois garotos e uma garota em um fictício posh-campus de uma universidade em New Hampshire, EUA. Tudo envolve drogas, promiscuidade, bissexualidade, rock n' roll e um pouco mais de drogas. Foi um livro relativamente fácil de se ler em uma língua que só agora eu tenho realmente dominado. Precisei de umas duas semanas para le-lo.

Logo em seguida começei American Psycho. E desta vez demorei
quase dois meses para concluí-lo. Foi um livro difícil, cheio de novas, estranhas e grotescas palavras. As vezes eu buscava ajuda num dicionário e quando finalmente entendia do que se tratava, ficava impressionado. É um livro incrível. É um livro nojento, pesado. Fascinante.

Hoje avalaiando o livro e o filme, o segundo soa como uma canção de ninar de tão suave. No livro Patrick Bateman o psicopata em questão é tão tão louco que comete atos de necrofilia e canibalismo com alguma de suas incontáveis vítimas. Machados, serra elétricas, furadeiras, ácido sulfúrico e até um rato faminto fazem parte de seu arsenal de tortura. No filme ele joga uma serra elétrica numa das vítimas... Dá sono se comparar as elaboradas e sadicas passagens do livro.

De seus livros até então publicados só me resta Glamorama. Mas vou dar um tempo a tanto sexo e cocaína. Ja comecei a ler A Spot og Bother de Mark Haddon o mesmo autor de The Curious Incident of the Dog in the Night-time. Algo infinitamente mais suave.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Annie Leibovitz - A Photographer’s Life, 1990- 2005, National Portrait Gallery

Tem tanta coisa acontecendo aqui em Londres ao mesmo tempo, que fica difícil ter grana e tempo para ver tudo.
Duas semanas atrás fui ver a fantástica expo da Annie Leibovitz no Natinal Portrair Gallery.
Era um domingo chuvoso, frio e cinza. Nada mais típico. Minha companhia não poderia ser mais apropriada, a Nuria, minha nova e incrível amiga meio inglesa - meio espanhola. Companhia certa para o programa certo...
Eu já tinha ido brevemente ao NPG, ver a exposição regular deles.
Nada poderia ser mais inspirador que as instantaneas de Leibovitz. Conhecida por retratos famosos como John Lenon (nu) e Yoko Ono (de preto. Sera mesmo que ela usa outra cor?) deitados numa cama na manhã do dia que ele foi assasinado. Ou a gravidíssima Demi Moore tapando sua feminilidade com as mãos. Ambas as fotos foram capas da Rolling Stone.
Mas o mais bacana mesmo é galeria de retratos mais íntimos mesmo, sem celebridades, sem produção alguma. Os retratos de família, o avanço assustador do câncer de sua companheira Susan e um retato, particularmente simples, mas que me impressionou bastante, e que até então eu desconhecia.

Annie e Susan presenciaram um menino ser atropelado por um carro em Sarajevo. O motorista fugio. Susan o levou ao hospital, Annie ficou no local com a policia e tirou essa foto. O menino morreu ao caminho do hospital.

Obviamente ela é muito mais conhecida pelos grandiosos retratos das celebridades (eu gosto bastante da recente serie feita para Disney, onde a Gisele Bunchen é a Wendy (Peter Pan), a Beyonce a Alice (no País das Maravilhas) e David Beckham o Príncipe Felipe (A Bela Adormecida).

E essas são duas fotos dessa adorável manhã de domingo. Primeiro uma da Nuria que eu tirei e logo uma que Nuria tirou de mim, que ficou bem bacana e eu nem estava posando.